quinta-feira, agosto 30, 2012

Me basta a loucura de te amar


Depois de tantas idas e vindas, quem diria, você veio pra ficar. Depois de tantas crises, confusões, términos e recomeços, restou finalmente nós dois e o amor. Nunca pensei que a gente pudesse ser tão feliz, cheguei a desacreditar da ideia de sermos finalmente nós. Então a gente deve só confiar e continuar sendo assim, absurdamente feliz, eu sei. Mas aí eu me pego te abraçando forte, com medo de soltar e te perder. Que bobagem, não é mesmo? Vai dar tudo certo, tem que dar, já deu. Sem paranoia e bloqueios, sou tua por inteiro, somos um só e então eu te dou um beijo aliviado e te solto. E você não vai embora, só deita no meu colo e continua em mim, como quem diz "Deixa de ser boba, não vê que sou teu?". Eu sorrio, em paz. Quem bom que aprendemos a ficar, a gostar, se entregar. Que bom que confiamos, acreditamos, tentamos. E se alguma coisa começar a desandar, só segura minha mão e tudo vai ficar bem. Não posso te perder por medo de te perder, seria loucura. Então eu repito pra mim mesma: Que bom que agora eu tenho você de verdade e me basta a loucura de te amar.

domingo, agosto 26, 2012

Tchau, só vê se não volta


Te deixei entrar na minha vida e você foi dar uma volta, achando que eu não saberia o destino da tua ausência. Sem motivos, mas como deveria ser, resolveu mudar sua atitude, estragar a gente. Não vou entrar nessa de relutar, remar sozinha, amar por dois. Você venceu e agora aguenta as consequências da tua vitória. Venceu e vai ser sempre um perdedor. Quer jogar, joga sozinho, se joga, não conta comigo. Agora você pode continuar saindo com outras garotas e fazer o possível pra tudo parecer familiar, como quando éramos nós. Leva no mesmo lugar, diz as mesmas coisas, faz os mesmos carinhos, mas deixa eu te contar: nenhuma delas nunca vai ser metade de mim, desiste disso. Você quem quis respirar, agora te deixo todo o oxigênio. Te deixo. E, se quer saber, nem tô triste. Talvez aliviada. Que bom que você e toda sua falta de consideração, caráter e maturidade resolveram passear, pude fechar as portas. Que bom que não houve drama, não precisei pensar e repensar, hesitar, você simplesmente foi. Eu só precisei dar tchau, não aceitar uma volta, uma perda de tempo. Tentou me fazer de boba, mas facilitou minha vida, então obrigada. Sabe, um idiota, por mais malandro que se ache, sempre vai acabar como idiota no fim das contas, não dá pra mudar seu destino. Agora, sem bater na porta, sem recomeço, sem errar outra vez. Teu troféu foi tua pior vitória. Teu erro foi meu maior acerto. Tua partida foi o melhor que você já fez por nós. Nosso fim, meu recomeço.

domingo, agosto 19, 2012

Gran Finale


Um homem só é capaz de fazer uma mulher de idiota, quando ela se sujeita a isso. As próprias mulheres se iludem, fecham os olhos sozinhas, não é nenhum mérito dos homens. Sabe, eu sempre preferi relevar, não quis enxergar, via sempre uma coisa boa por trás das suas piores atitudes. Foi assim que eu entrei no seu show de ilusionismo. Você com seus truques baratos e mentiras mal contadas, e eu batendo palma e pagando pra ver. Só que uma hora eu cansei, você passou a fazer os mesmos números sempre, eu já sabia o final e não tinha mais graça assistir, não valia o ingresso. Resolvi encerrar com chave de ouro e fazer eu mesma o número final do nosso show: Sumi. Ué, não gostou? Também tenho talento, posso ser o circo todo se eu quiser. Você devia ter percebido, podia ter dado valor enquanto eu batia palma, você devia ter visto que eu não era só a única da plateia, eu era única de verdade. Mas você tava concentrado demais, não é mesmo? Agora eu já fui, sumi. Devo confessar que esse papinho de super amor depois de todo seu espetáculo foi seu número mais surpreendente, parabéns. Ou que pena. Não tenho mais estômago pra ouvir tuas verdades, porque já enjoei das tuas mentiras. Você quem quis esse circo, eu só entrei no seu jogo. E agora saí, sumi. Não consigo mais fingir que acredito, fingir interesse. Procura outra plateia, quem sabe assistente de palco. Ou então pede transferência pra palhaço, não sei. E já não me importa, sumi, sem truque, sem volta. Sumi.

quarta-feira, agosto 15, 2012

Ainda sou eu, admite


De que adianta você esconder tua vida de mim, se ainda habito teus pensamentos, todos os dias? Se me bloqueia ou me exclui de algum lugar é porque ainda lembra de mim, ainda sou teu ponto fraco. Então que se encerrem os joguinhos e admite de uma vez que tudo aí ainda é meu, ainda que esteja com outra. Não nega que é meu nome que você quer chamar, quando sente falta de um carinho mais sincero. Fingir que eu não existo não vai mudar minha existência e os efeitos dela na tua vida, que você tenta seguir, mas sempre acaba tropeçando em mim. Quero cartas na mesa, preto no branco. Sem voltar atrás, sem arrependimentos, sem planos pro futuro. Só quero que você assuma que é em mim que pensa antes de dormir, sou eu que te domino mesmo de longe, são lembranças da gente que te fazem sorrir. Nada de querer convencer a mim e o mundo que outro corpo anda ocupando meu espaço e te preenchendo. Tudo continua vazio, porque eu continuo fora de você. Não saber de mim pode te assombrar menos, mas nunca vai me anular dos teus dias, tuas noites, tua vida. Admite.

sábado, agosto 11, 2012

Troco minhas certezas por você, vem?


Tenho tudo que eu queria, de quem eu não queria. Tenho um que vale por dois, e outro que vale por menos um. E vou deixar você adivinhar qual deles eu quero. Eu tenho atenção, carinho, proteção, nada me falta. Pelo contrário, me sobra. Mas nada disso me basta porque não vem de você. Tudo isso me cansa porque eu não posso descansar no teu peito e ouvir você dizer que me ama, pra eu poder dormir em paz. Eu poderia ser sua, era só você pedir. E me garantir que ia cuidar bem de mim, ser meu também e fazer de tudo pra gente dar certo. Eu largaria minhas certezas e iria incerta e absurdamente feliz pros teus braços, pra ficar, pra tentar. Tô com um cara que sabe do meu valor, enquanto eu espero que um dia você descubra também. Não é justo, eu sei, mas é seguro. Seus olhos me contam tudo que você insiste em me esconder, não dizer, luta pra não sentir. Então de que adianta esses bloqueios, viver recuando e louco pra avançar? Pra que escolher viver nessa indecisão, montar tua casa em cima do muro, se eu escolho você e, no fundo, você sabe que já me escolheu também? Permaneço aqui, entediada com alguém que só quer me fazer sorrir e sorrindo sempre que você aparece, sem saber ao certo o que quer de mim. E depois vai embora, não sabendo gostar, não sabendo ficar, esperando crescer um pouco mais. Mas se você me pedisse, eu juro que te ensinava. Na teoria, na prática, no meu colo. É só você pedir.

sábado, agosto 04, 2012

Game Over: Exijo paz

Queria te desejar boa sorte. Que você encontre alguém que não se sinta apertada entre você e teu egoísmo sem fim. Falta de chance não foi, doação da minha parte não faltou. Só não cabe mais nenhuma vírgula na nossa novela, repetitiva e mal ensaiada. Acabou, depois de exceder o prazo, por falta de audiência. Joguei fora meu uniforme de palhaça, nunca tive vocação. Também não era de perdoar, me preocupar tanto e você foi despertando em mim essas coisas todas. Mas já adormeci, tô em outra. Minhas histórias não giram ao redor das tuas, meu mundo não roda em volta das tuas vontades, minha vida não é um capricho teu. Acha que pode chegar quando quiser, tirando tudo do lugar, ficando uns minutos e voltando pra sua vida banal, sem ligar pra bagunça que sempre deixa na minha. Ah, mas agora a porta tá trancada, tô arrumando tudo pra um outro alguém. E veja só, ele não tira nada do lugar, só me ajuda a organizar e me dá colo quando eu canso. Não preciso da tua aprovação, só exijo paz. Chega de me enlouquecer, me virar do avesso e ir embora, sem data pra voltar. Chega de dar sequência na tua vida e deixar a minha pausada, caso você se canse dos seus romances baratos. Dei o Play e acabaram suas vidas nesse jogo faz tempo. Game over pra você, seu egoísmo e sua imaturidade. Sem direito a recomeçar, tô feliz e ocupada por tempo indeterminado com jogador novo. E melhor.
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